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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Jesus e a figueira estéril





 

Era manhã de segunda feira, inicio da semana em que ocorreu a paixão de Cristo. Jesus e os discípulos estavam saindo de Jerusalém em direção à cidade de Betânia, à beira do caminho e ao longe, podia se avistar uma frondosa e convidativa figueira. O evangelista Marcos sobre a árvore comenta: “A figueira não tinha senão folhas, porque não era tempo de figos” Mc 11:13.

Figueiras são muito comuns na Palestina onde se pode encontrar pelo menos três espécies da planta.
- O figo precoce que amadurece no final de Junho
-O figo de verão que amadurece em Agosto
-O figo de inverno que é maior e mais escuro e também permanece na figueira por mais tempo, chegando a ser colhido, por vezes, na primavera.

Vale lembrar que na figueira, o que aparece primeiro são os frutos e depois as folhas. Portanto, e m uma figueira com muitas folhas, seria normal encontrar frutos.  Vamos examinar o que diz os Evangelhos sobre o encontro de Jesus com a figueira infrutífera:

“No dia seguinte, quando saíram de Betânia, Jesus teve fome. E vendo de longe uma figueira com folhas, foi ver se nela, porventura, acharia alguma coisa. Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempos de figos. Então, lhe disse Jesus: Nunca jamais coma alguém fruto de ti! E seus discípulos ouviram isto. E, passando pela manhã, viram que a figueira secara desde a raiz. Mc 11:12-20”.

Mateus descreve a passagem de forma diferente  ao  que provoca certa polêmica quanto à interpretação: “ A figueira secou imediatamente, vendo isso os discípulos, admiraram-se e exclamaram: Como secou depressa a figueira!” Mt 21:19.


Teria a figueira murchado imediatamente como afirma Mateus,  ou tempos depois de Jesus ter orado decretando sua morte como diz Marcos?   Esclarecer o tempo exato em que a figueira morre, pode ser útil, mas não é o que há de mais importante na passagem. Os céticos se prendem aos dilemas de interpretação para fundamentarem suas descrenças, desprezando o contexto.  Para o crente, contudo não é a dúvida que prevalece, mas a certeza de que o milagre aconteceu na hora e no tempo certo sendo para Deus possível todas as coisas. 



Jesus poderia ter abençoado a figueira e fazê-la dar muitos frutos, mas por que escolheu o contrário? Isso é intrigante para muitos. O Mestre da vida havia ressuscitado  mortos, curado doentes, expulsado demônios e ensinado pacientemente a pecadores, por que não transformar a figueira de infrutífera para frutífera? É uma pergunta interessante para se fazer. Consequentemente a resposta nos seria ainda mais surpreendente se considerarmos alguns dos acontecimentos ocorridos naquele dia na vida de Jesus e dos discípulos.

Primeiramente, a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, montado em um jumentinho, Ele é aclamado pela multidão como “filho de Davi, o que veio em Nome do Senhor” Mt 11:9. Não obstante os corações cheios de fé, manifestando a chegada do Reino de Deus, estavam presentes ali os fariseus, revoltados, cheios de ódio e inveja pedindo silêncio para as crianças que louvavam a Jesus.

Depois desse acontecimento, Jesus se dirige ao templo e  expulsa os cambistas que faziam do local ponto de comércio: “  está escrito, a minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores” Mt 21:13.

Uma parada em Betfagé

Depois disso, Jesus e os discípulos seguem em direção a Betânia. Sabem qual região está situada entre Jerusalém e Betânia?  O povoado de Betfagé. Muito provavelmente foi neste local que aconteceu a morte da figueira sem frutos. Betfagé significa  “casa dos figos”  um povoado repleto de figueiras! Mas uma delas chamava à atenção porque estava à beira do caminho e se mostrava promissora quanto aos frutos, apesar de não ser tempo de frutos. A cidade das figueiras foi onde Jesus parou para “saciar a fome” Mt 21:18, mas não encontrou um figo sequer.

Assim como o templo “casa de oração” havia se transformado em covil de salteadores em demonstração de hipocrisia religiosa, a “casa dos figos” também dava demonstração de hipocrisia ao demonstrar na aparência aquilo que não era.  Assim como o templo de Jerusalém simbolizava os rituais farisaicos que externavam vaidade e desamor, sem frutificar para matar a fome dos necessitados de espírito, a figueira igualmente passava essa mensagem.

O prejuízo causado pela religiosidade dos fariseus era enorme, um sistema totalmente corrompido por interesses pessoais e distância de Deus, ao que Jesus muito criticou: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais que vós”! Mt 23:15

Aquela figueira sem frutos, mas com muitas folhas era um engano! Ela atraia os famintos, mas não saciava a fome. Verdade é que dava sombra, assim como dava sombra fazer parte do sistema religioso da época: status, regalias, fama, comodidade. Mas não bastava dar sombra, era preciso frutos, frutos!

A Benção e a maldição

“Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidares, não somente fareis o que foi feito à figueira, mas até mesmo, se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te no mar, tal sucederá; e tudo quanto pedirdes em oração crendo, recebereis” Mt 21: 21-22.

Cumpre-se nas palavras finais de Jesus junto a figueira, uma grandiosa lição sobre fé e oração. A decepção com a “casa de oração”, transformada em covil de salteadores, não era o único lugar a se recorrer para alcançar o milagre.  Não era necessário fazer parte de um sistema, de uma religião para ser ouvido por Deus. Era preciso ter fé, não duvidar, não ser hipócrita a ponto de querer demonstrar aos homens algo que não era. A mentira e a esterilidade espiritual não eram requisitos para alcançar e ser alcançado por Deus. Essa natureza deveria morrer, assim como morreu a figueira. E morrendo era necessário que surgisse um novo e sincero ser, capaz de buscar a Deus em oração para ver a transformação.

Jesus não destrói algo se não for para cumprir um objetivo maior. Essa lição está presente nos Evangelhos, na figueira morta. Ele mesmo se entregou à morte para que através desse acontecimento, houvesse vida para todos os que cressem.  E Ele fez isso sendo inocente, simplesmente por amor.  O melhor de tudo é que Ele venceu a morte, tendo ressuscitado para resgatar um povo para Seu Reino. A morte da figueira é a o que de melhor pode acontecer quando essa figueira em si é a própria morte. Uma morte que pode ser vencida pela vida de Cristo. 

Deus nos abençoe.



Fonte: Bíblia de Estudos Plenitude

Loucura ou Realidade?

 Com um foco místico, pai-póstolo chama seguidores para momento de vigília e oração, apostando numa unção sobrenatural. Entendeu?


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Por Mikaella Campos

Material disponível no blog do patriarca Renê Terra Nova diz que o dia 12/12/2012 marcará o ato profético onde o Brasil e todas as nações da Terra serão restauradas. O que vai acontecer nesse dia, irmãos? É o que queremos saber. A única pista que o pai-apóstolo dá é sobre a macumbaria gospel que será feita nos dias anteriores a esse momento mais que especial e sobre o processo mágico que dominará o mundo nessa data. A meta é conquistar 1 milhão de vidas.
 
Segundo Terra Nova, 2012 é o ano apostólico, o ano do seu milagre. É difícil até escrever sobre isso, porque me faltam palavras para argumentar sobre algo tão sem noção.

Renê Terra Nova se sente uma importante peça para a pregação do evangelho. Ele cria dogmas, como a Santa Convocação. Em outro texto, o “apóstolo” fala que tem atuado para a implementação do Reino de Deus na Terra. Quem será esse homem que recebeu de Deus essa missão, gente? Será ele uma espécie de Messias?

Ando pesquisando muito sobre o significado de toda essa liturgia do Ministério Internacional da Restauração no Modelo dos 12 (MIR 12). No entanto, com toda sinceridade, é complicado encontrar embasamento bíblico para qualquer questão doutrinária imposta pela seita. O movimento surgiu do G-12, mas conseguiu piorar o que já era problemático.

No comunicado (anexado abaixo), o pastor convida a nação cristã para um ato profético, que beira atitudes patéticas. O que chama atenção é a combinação da data. Soa-me como algo cabalístico, focado na numerologia. É uma mistura de magia, com rituais judaizantes e com a obsessão pelo número 12.

De acordo com o texto, tudo vai começar com uma vigília, no dia 7 de setembro, para remissão das vergonhas do Brasil e para a restituição do país com a manifestação do Milagre (sic). Qual seria esse Milagre (sic)? No dia 15 de novembro, haverá outro ato profético para a “Conquista do nosso inóspito território”.

Aniversário de 51 anos do Renê – Isto seria um presente?
No dia mais importante, os seguidores terão que fazer jejum de 12 horas e ao mesmo tempo vão orar pela “quebra da hegemonia de principados e potestades”. Instaurando uma espécie de dogma, assim como várias religiões pseudas-cristãs, ele chama o movimento de Santo Jejum e ele será capaz de expelir todas as “castas” que atormentam o povo da cidade. Renê, no texto, ainda afirma que só estará concentrado em que se envolver no principio da honra e na obediência da Santa Convocação.

Ele afirma que nesse dia haverá o anúncio de um tempo novo e a proclamação da vitória por meio do shofar, um instrumento antigo utilizado pelo povo de Israel. Ele pede que ao toque do shofar as pessoas marchem em direção da conquista sobrenatural. Segundo ele, o instrumento é tocado por anjos, na visão apocalíptica.

Renê também fala que nesse dia será decretado feriado para que ocorra o maior “Avivamento da História” (sic).

“Deixamos claro que a geração dos nossos avós, pais e ascendência próxima não viveram um 12.12.12 e, lamentavelmente, os nossos descendentes até a quarta geração e outras gerações não vão viver outro 12.12.12. Isso significa que somos extremamente privilegiados por estarmos vivendo um ato profético tão poderoso e, ao mesmo tempo, um mover histórico na história da Igreja de Jesus, especialmente honrando a Visão Celular no Modelo dos 12 que foi um legado dado pelo Eterno nas nossas vidas”, disse Renê.

Irmãos, afirmo à luz da Bíblia, que o milagre já aconteceu. Nem outro milagre em relação à Igreja vai acontecer. O verdadeiro milagre é a possibilidade de salvação do homem trazida por Jesus, quando ele deixou seu trono no céu, para assumir a forma de homem e morreu numa cruz pelos pecados de toda a humanidade, e ressuscitou no terceiro dia, vencendo a morte. E temos que deixar claro que nenhuma outra profecia se cumprirá a não ser a deixada por Deus, através das Escrituras. E a maior delas é a volta do Rei dos reis. Esse, depois da primeira vinda de Cristo, será o maior marco histórico.

“Amados, não creiam em qualquer espírito, mas examinem os espíritos para ver se eles procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo” 1 João 4.1.

Nenhum pastor, apóstolo, profeta têm o poder para restaurar a humanidade, nem para expandir o Reino de Deus na Terra. Ninguém tem poder para estabelecer metas de quantas vidas poderão ser salvas ou não. Essa ação cabe ao Espírito Santo. É ele quem define quantas vidas serão tocadas pelo seu mover.

Mas uma coisa que não posso deixar de concordar com ele: vai demorar muito mesmo para que um novo 12/12/12 ocorra. Assim, como vai demorar para outro 9/9/9 ocorra, 10/10/10 e 11/11/11…

Aniversário com direito a um bolo recheado de heresias

Aniversário de 51 anos do Renê
Em junho, no seu aniversário de 51 anos, uma celebração estranha, Renê parece ter sido coroada pelos seus ungidos. Ele ganhou um manto de rei e uma coroa. Nas fotos em seu blog, também chama atenção um rapaz que entrou na igreja com um bezerro (meio tonto, parece), relembrando uma espécie de sacrifício. Espero que não tenham matado o bichinho. Numa outra cena, há um homem com um cajado.

Ainda no blog, seguidores o homenageiam, dizendo que Renê é um “profeta ousado para as nações… Um pastor amado por suas milhares de ovelhas… Um líder de multidões… Um General vencedor do Exército de Deus… Seguido por milhares… Influenciador de Gerações… Adorador de Deus por Excelência… Amante de Sião…” (sic).

Nossa opinião

As heresias de Renê Terra Nova não são novas. Muitos falsos profetas surgiram no mundo e até a Segunda Vinda de Cristo, muitos outros vão apontar por aí. Mas todas as doutrinas mentirosas vão ao encontro da vontade do homem de enxergar coisas sobrenaturais. Todas as heresias surgem da necessidade do homem ir além do que Jesus quer dar. As pessoas querem ser avivadas por algo maior do que Cristo, fazendo uma doutrina para satisfação própria e negando a soberania de Jesus. No entanto, Ele é o algo maior, que trouxe vida em abundância para todo aquele que crer. Não há nada além de Jesus. Ele é o único caminho que nos leva a Deus. Temos que nos preocupar em nos aprofundarmos no relacionamento com Jesus para cada dia nos tornarmos mais parecido com Ele. Precisamos ler as Escrituras e buscar entendê-las para não sermos enganados por falsas doutrinas.

Aniversário de 51 anos do Renê – Isto seria um presente?
"Em vão, porém, me honram, Ensinando doutrinas que são mandamentos de homens." Marcos 7:7

"Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho. E que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós." Atos 20:29-31

"Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”. Efésios 4:10-15
“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos”. Mateus 24:24

“Porque se levantarão falsos cristos, e falsos profetas, e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos”. Marcos 13:22

“Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores”. Mateus 7:15

“E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição”.
2 Pedro 2:1

“Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo”
. 1 João 4:1



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sábado, 28 de julho de 2012

O tapete da Fé

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Por: Richard Phillips

O que é a fé? Em toda a Bíblia, não há resposta melhor do que a do grande capítulo 11 da Epístola aos Hebreus. Em Hebreus 11, um tapete é aberto, retratando grandes exemplos de fé extraídos da narrativa dos heróis do Antigo Testamento.

Nos grandes castelos, tapetes escuros estão pendurados em paredes mofadas para retratar as façanhas dos grandes cavaleiros e senhores do passado, preservando as virtudes e os valores que tornaram grande o reino. Hebreus 11 não é um corredor mofado. É uma calçada espiritual adornada pela tecedura da Palavra viva de Deus, mostrando a fé como a virtude-chave pela qual Deus tornou grande o seu reino. Hebreus 11 é freqüentemente chamado de “Galeria de Heróis”. Mas o verdadeiro herói desse capítulo é Deus, que deu fé aos seus, pela qual homens e mulheres insignificantes fizeram grandes coisas na força dele.

Hebreus 11 mostra que a fé é sobremodo importante porque o povo de Deus é inquietado por fraquezas, pobreza e dificuldades. Essa é a razão por que o versículo 1 nos diz: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem”. O contexto para a fé é uma vida em que as coisas são esperadas, mas ainda não vistas ou possuídas. A fé assimila coisas que são prometidas por Deus, mas que por enquanto não se cumprem em nossa experiência. Esperamos por poder em meio à fraqueza; por paz, em meio ao conflito; e por alegria, em meio à tristeza. Por todas essas razões, o povo de Deus necessita de fé para perseverar em um mundo difícil.

O que é, então, a fé? A fé é crer na Palavra de Deus a fim de apropriar-se de coisas que são prometidas e torná-las real em nossa vida. A fé é o modo ou a maneira pela qual possuímos as coisas celestiais na terra. A fé não cria as coisas pelas quais esperamos – isso é o falso ensino de muitos de nossos contemporâneos que usam esse versículo para atribuir poder criativo à nossa fé. Em vez disso, a fé recebe de Deus as bênçãos que ele dá. Deus nos dá perdão, paz e provisão espiritual. Ele promete uma “cidade que tem fundamentos”, na qual viveremos para sempre (Hb 11.10). A fé é a evidência dessas coisas em nossa vida; é a convicção que extrai forças dessas coisas para seguir a Deus.

Quaisquer dúvidas que tenhamos são respondidas não por argumentos raciocinados, e sim pelo exemplo de fé deixado pelas pessoas piedosas recordadas em Hebreus 11. É melhor dizermos que nesse capítulo a fé é personificada por meio do relato do Antigo Testamento. Começamos em Gênesis, na criação – a fé lê o relato da criação e vê que Deus realmente existe (v. 3). Em seguida, temos o relato sobre três heróis antediluvianos, que juntos retratam o padrão de vida de todo crente: pela fé, Abel se achegou a Deus e foi justificado; pela fé, Enoque andou em comunhão com Deus; pela fé, Noé serviu a Deus com obras de obediência.

A maior seção de Hebreus 11 é dada ao patriarca Abraão. Somos informados de quatro coisas que ele fez pela fé. Ele obedeceu a Deus; viveu como um peregrino em uma terra estranha; em idade avançada, ele e Sara geraram o filho prometido por Deus; e, pela fé, ele ofereceu esse filho, Isaque, em obediência à ordem de Deus. Isso é, de fato, uma vida digna, e tudo pela fé!

E assim prossegue. O tapete da fé revela geração após geração dos fiéis de Deus, desde Moisés e Josué, passando pelos juízes, Davi e os profetas e chegando até aos heróis macabeus, que viveram depois da término do Antigo Testamento. Pela fé, eles conquistaram reinos, fecharam a boca de leões e se tornaram poderosos na guerra. Suportaram torturas e permaneceram firmes em face da morte. Juntos, eles provaram que pela fé um crente possui tudo de que precisa para triunfar sobre as piores oposições do mundo.

Hebreus 11 nos diz o que o povo de Deus fez pela fé. O fato notável nestas pessoas não é sua personalidade, ou seu treinamento, ou sua formação. O texto não nos diz que Abraão era um tipo de pessoa talentosa ou que sua personalidade o tornava adequado ao desapontamento. A única coisa que o tornou diferente das outras pessoas foi a sua fé; e, por meio dela, que diferença ele fez para todo o mundo! Como pôde um homem como Moisés, na plenitude de sua vida, virar as costas para o ápice do poder, prazeres e riquezas do mundo? Isso não aconteceu porque ele era uma pessoa de moralidade. Ele fez isso pela fé! Sem fé, nenhum desses heróis de Hebreus 11 teria vivido para Deus da maneira como o fizeram. Mas, pela fé, eles viveram com um poder que o mundo não conhece e obtiveram a salvação que o mundo ignora. Por causa de sua fé, diz o versículo 16, “Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus”.

A fé pode fazer grandes coisas na vida de qualquer crente. Se você vive pela fé em Deus, não importa quem você é ou qualquer outra coisa a seu respeito, você pode fazer diferença para o reino de Deus. O que realmente importa não é a sua força ou a sua fraqueza, o seu treinamento ou a falta deste. Pela fé, você pode ser um herói espiritual. Por quê? Por que há algum poder inerente à fé ou por que ela desencadeará seu potencial oculto? Não, de modo algum. A fé pode fazer grandes coisas por meio de você, nos diz o versículo 6, porque Deus “se torna galardoador dos que o buscam”. A fé obtém seu poder de seu objeto, o Deus salvador que dá graça àqueles que confiam nele.

Se você procurar esses heróis da fé na história secular do mundo antigo, não os achará. Por quê? Porque há algo que a fé não faz. Ela não dá fama e fortuna como o mundo os estima. Esses heróis da fé eram ninguéns aos olhos do mundo, mas foram grandes aos olhos de Deus. A fé deles não os recomendou ao mundo. Muitos deles foram mortos por causa de sua fé. Como acontece freqüentemente, a sua fé ganhou o desprezo do mundo.

Mas observe o versículo 2: “Pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho”. Que bom testemunho foi esse? Pela fé, eles foram elogiados por Deus, e não exista nada melhor do que isso. “A fé é a certeza de coisas que se esperam” – é assim que começa Hebreus 11. E podemos esperar algo melhor do que o elogio de Deus – não somente sermos perdoados e recebidos pela fé, embora isso seja essencial, mas também agradarmos a Deus, realmente, com a nossa vida? Pela fé, podemos ter certeza disso.

O que realmente importa em sua vida? Hebreus 11 diz: o que mais importa em sua vida, e na vida de todo crente, é a sua fé. Uma vez que isso é verdade, nada é mais necessário do que alimentar, exercer e desenvolver sua fé. Quando você crê na Palavra de Deus e confia nas promessas dele em meio aos desafios de sua vida, você se introduz neste tapete em que a história da fé ainda está sendo contada. Pela fé, você, assim como Noé, Abraão e Moisés, pode fazer grandes coisas pelo poder de Deus e para a glória dele.

Sobre o autor: O rev. Richard D. Phillips é o pastor principal da First Presbyterian Church of Coral Springs (Flórida) e o autor de Faith Victorious: Finding Strength and Hope from Hebrews.
Fonte: [ Editora Fiel ]

Ana Paula Valadão e o exu boiadeiro.


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Ana Paula Valadão traz uma nova moda. Agora ela disse que tem um EXU BOIADEIRO no mundo, e um amigo seu de cabelos brancos (não são de sabedoria com certeza) completa a "estória".

Ele, diz que tem um Exu Boideiro no mundo, e ele está fincado em um tripé: Dallas (EUA), Madrid (Espanha) e Barretos (Brasil). Quem disse isso foi "uma profeta" segundo eles, e tudo já foi discutido e apresentado em uma conferência profética por um "apóstolo".

Assista o vídeo das declarações:




Como acabar com isso? Não contavam com a astúcia, não do Chapolim ... mas deles.

Ana se perguntava porque foi morar em Dallas (pra mim porque tem dinheiro), mas agora tem a resposta, lá tem um Exu Boiadeiro, ela precisa está lá. Não... não Jesus Cristo não, ela.

E porque o dvd do "Diante do Trono" foi em Barretos??? Ah, lá também tem um Exu Boideiro, e quem poderá com ele??? você já sabe a resposta. Será que vão para a Espanha?

Ela também agora sabe porque comprou uma bota de couro de cobra (a poderosa Bota de Python) no Rio de Janeiro, foi para com esta poderosa arma pisar as potestades e enfrentar o temível "Principado de Python".

As vezes me pergunto, essas pessoas fazem isso porque realmente acreditam no que dizem? Ou é apenas uma brincadeira?

E quem consome isso? Será que tem pastor, em suas igrejas tem culto doutrinário? Não sei. O que sei é isso passa longe do que é ser Protestante evangélico, ah isso eu sei.

Autor: Joelson Gomes
Fonte:
Graça Plena ]
Via: [
Presbiterianos Calvinistas ]

Morris Cerullo: Homem de Deus ou uma fraude?


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Cephas Library
Tradução de: João A. de Souza Filho

Nota do Tradutor:
Leitor, traduzo este artigo, não visando atacar o Morris Cerullo. Fui intérprete dele em duas ocasiões e acompanho o ministério dele desde 1962. Participei também de uma conferência em San Diego, Ca. em 1971. Mas, desde então, o homem, ao que parece, mudou!

Morris Cerullo é pastor das Assembléia de Deus e pregador de cura divina. A mansão onde mora está localizada numa das áreas mais caras de um subúrbio da América do Norte protegida por dois grandes portões e está valorizada em 12 milhões de dólares. É propriedade dele. Apenas ele e sua esposa vivem ali, e afirmam que vivem setenta por cento do tempo no campo missionário.. . Que desperdício do dinheiro de Deus.

O jatinho particular de Cerullo, um Gulstream G4 é avaliado em 50 milhões de dólares. Ele emprega dois pilotos tempo integral e uma comissária de bordo que afirmou que o avião é ornado com um painel de ouro. Ele já possuiu três aeronaves similares.

Ele se diz um produtor de milagres, mas está sendo investigado pela forma como levanta dinheiro. John Paul Warren, executivo que trabalhou para Morris Cerullo entrou com uma ação na justiça contra a organização, depois de confrontar a Morris Cerullo quanto a “maneira antiética e as técnicas que ele usa para recolher ofertas do povo”. Esta é a segunda ação judicial contra Cerullo. Warren, um respeitado pastor da terceira geração de assembleianos moveu a ação em maio de 2000 na corte superior do condado de San Diego. A ação foi aceita pelos procuradores Dean Broyles e Tim Rutherford de San Diego e Hunter Lundy, da Lousiana. Este último foi o que obteve sucesso em sua ação contra o tele evangelista Jimmy Swaggart em 1991 que resultou na condenação de Swaggart.

Cerullo se apresenta como “Dr. Cerullo” mesmo sem graduação universitária ou merecimento do título, afirma Lundy. “Ele é o chefe principal dos escritórios do MCWE – Morris Cerullo World Evangelism – o centro do controle missionário, mas não serve como pastor nem é membro de nenhuma igreja local ou congregação”. Cerullo levantou milhões de dólares para comprar a propriedade do tele evangelista Jim Bakker, quando este caiu em pecado e foi condenado e enviado a uma prisão federal por fraude.

Cerullo afirma que teve um encontro com Deus aos oito anos de idade. A partir daí as experiências divinas se sucedem, afirma Lundy. “Ele afirma que foi conduzido para fora de um orfanato judeu por dois seres celestiais; transportado aos céus e viu a Deus face a face. Consegue prever o futuro, curar os enfermos e prende seu auditório pedindo que todos olhem pra ele, porque olhando pra ele veem o próprio Deus. Ele usa expressões como: “Entreguem-me suas carteiras de dinheiro”. “Olhem para o profeta de Deus”.

Conforme Broyles, o alvo principal de Cerullo é levantar milhões de dólares em nome de Deus para poder manter seu estilo de vida esbanjador tanto nos Estados Unidos como no além-mar.

“As vítimas das táticas de Morris Cerullo e a fonte de seus milhões de dólares são os idosos, as viúvas e os pobres aqui dos Estados Unidos e também de pessoas desesperadas de outras nações”. Broyles afirma que as táticas de Cerullo para levantar dinheiro incluem solicitações diretas, conferências de oração, a venda de vídeos, comerciais televisivos e campanhas por cartas, e usa de todos os meios para oferecer às pessoas falasas promessas.

Warren que conhece a fundo a organização diz que “Cerullo faz muitas promessas aos seus contribuintes, promessas que ele sabe não poder cumprir. Levanta dinheiro para projetos populares, consegue contribuições, mas nunca leva adiante os projetos e fica com o dinheiro”. Warren afirmou que assim que chegou a San Diego para assumir a direção dos escritórios da organização que Cerullo usava o status de filantropia da MCWE para ganhos pessoais. “Cerullo mercadeja o evangelho para fins de enriquecimento pessoal”, afirma Warren. Ele já pediu a Cerullo que se arrependa dessas práticas e que devolva o dinheiro para seus patrocinadores, mas este se recusa fazê-lo.

David, filho de Morris Cerullo dirige a rede PTL (Praise the Lord – Glória a Deus), que agora é conhecida como INSP – Inspiration – com sede na Carolina do Norte, que serve como mídia para enviar e solicitar os pedidos de Cerullo e angariar novos patrocinadores. “Nem o MCWE ou a rede de inspiração (Inspiration Network) prestam contas a qualquer organização” afirma Rutherford. “De fato, Cerullo, sua esposa e seu filho Davi são todos membros diretores da mesma organização a MCWE.”

Os procuradores de Warren afirmam que, segundo suas fontes, 70% da receita de Cerullo vem de atividades comerciais da organização, o que bate de frente com a atividade filantrópica que lhe dá isenção de impostos.

“Cerullo vive numa mansão confortável de doze milhões de dólares na área mais cara do Ranch Santa Fé, próxima a San Diego. A organização MCWE possui e controla várias propriedades, carros de luxo e um jatinho particular decorado a ouro. Ele declarou que seus bens valem hoje mais de cem milhões de dólares. Será que isto é admissível como estilo de vida de um pregador do evangelho?”, pergunta Lundy.

Os procuradores afirmam que Cerullo sempre arrumou problemas em sua organização. Muitos ex-empregados entraram com ação por violação de direitos na América. Ele também está impedido de pregar na televisão da Inglaterra a menos que prove que realizou aqueles milagres. Cerullo se protege com o argumento de que a constituição americana não permite que um ministro do evangelho mova uma ação contra outro ministro. A sentença sairá nos próximos meses.

John Paulo Warren quer que a comunidade cristã da América conheça a verdade sobre Cerullo. Ele disse que durante dois anos pediu ao Cerullo que se submetesse à liderança de uma igreja para poder ser corrigido, mas Cerullo sempre rejeitou. Ele disse que viajou com Cerullo pelo mundo todo e é testemunha ocular de primeira mão. Por isso decidiu levar seu ex-chefe à Corte.

A corte de apelação do Estado da Califórnia declarou em 3 de janeiro de 2002 que a organização do Cerullo, com base em San Diego está imune de litígios sob a Primeira Emenda, que orienta as cortes a não se envolverem em disputas internas de grupos religiosos.

“Você entregaria sua carteira totalmente nas minhas mãos, pergunta o Senhor. Sim, obedeça a minha ordem” (Palavra impressa da Conferência de Vida Profunda, Março de 1982 p 15).

A seguir, na reportagem estão as ações de quinze pessoas contra Morris Cerullo, o que não será necessário traduzir.

A principal acusação é de que Morris Cerullo se alimenta de um altar de ouro!

Fonte original: [ Cephas-library.com ]
Tradução: João A. de Souza Filho
Fonte: [
Religiões, seitas e contradições ]
Via: [
POIMENIA ]

Para saber mais sobre Morris Cerullo,
clique aqui!
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sexta-feira, 27 de julho de 2012

O Dia em que a Fé Acabou


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O DIA EM QUE A FÉ ACABOU.


“Quando o Filho do Homem voltar, porventura

encontrará fé na terra?” (Lc 18.8)

Ano de 2025. O culto das 18 horas vai começar numa mega-igreja dentre muitas que se espalham pela cidade. A grandiosidade e beleza do templo confundem-se com os modernos shoppings. Dentro há grandes lojas, academia para os fiéis, salas de jogos e restaurante. O culto pode ser assistido de qualquer lugar da catedral, até mesmo da sala de jogos virtuais freqüentada pelos adolescentes. Finos telões de plasma espalham-se por salões climatizados e poltronas confortáveis.


As pequenas congregações quase desapareceram, pois estas, sem recursos, não oferecem comodidade aos novos crentes, nem estacionamento ou berçários com monitoras treinadas, nem cartões de fidelidade (na verdade, um chip implantado no dorso da mão) com grandes descontos nas lojas que levam a griffe da denominação.

Noto que quase ninguém se conhece, e isso parece não ter muita importância, pois, afinal, é um lugar de grande concentração, e os evangélicos agora são maioria da população. Também percebo que não trazem a bíblia, pois segundo um dos freqüentadores, depois que os Anjopóstolos (é o título atual) escreveram e-books explicando os principais tópicos da bíblia, de forma que não desse mais margens à dúvidas, ela se tornou um tanto obsoleta, embora haja exemplares expostos no Museu da igreja para quem deseja vê-las.
Outro motivo para deixarem a Bíblia de lado é que o povo já há muito tempo vinha clamando por novas visões – e não mais as antigas – que “já não têm mais sentido num mundo tão avançado”, disseram.

Vi algumas inovações: a ceia é servida em um kit embalado com pão e vinho para ser tomado a qualquer momento pelo fiel. Explicaram-me que não era mais possível partilhar da forma da Igreja primitiva, embora, estranhamente, ainda a chamem de “Comunhão”, o que achei engraçado. Na hora das ofertas ninguém sai de seu lugar, mas aperta algumas senhas num pequeno palmtop que todos recebem ao entrar. Senti saudades de quando era criança e íamos todos cantando ao altar levar algumas moedas ao gazofilácio.
O líder-mor começará a falar. Ele é muito carismático e agradável. Fala de forma mansa, mas incisiva. Sua fama cresceu muito desde que fez inúmeras curas e milagres “via internet” diante dos olhos de todo o mundo [1]. Ele é confidente de vários chefes de Estado, e viaja constantemente a pedido deles.
Fiquei curioso se nunca questionaram sua autoridade. Disseram-me: ora, se um ministério cresce tanto e alcança escala mundial, só pode ser de Deus – e só os invejosos é que são contra, e ademais, os milagres que ele faz são inquestionáveis, conforme o mundo inteiro comprovou [2].

Perguntei se havia muitas conversões e o meu interlocutor olhou-me espantado. Não chamamos mais de conversão – disse-me ele – agora falamos em adesão! Conversão é muito impositivo para esta época e invade a privacidade: as pessoas a-d-e-r-e-m ao nosso movimento, para alcançarem os desejos de seu coração, e isso basta.

Começo a observar os fiéis: parecem todos muito uniformes, enquadrados, ouvem sem questionar [3], não conferem nada na Palavra, que lhes é obscura. Não vejo alegria genuína, mas antes, um olhar vago e distante. Fazem marchas e passeatas com palavras de guerra espiritual nos lábios. Exaltam seus lideres, quase numa atitude de adoração. Noto que alguns jovens mais afoitos têm o nome deles gravado na testa para demonstrar fidelidade [4].

De um grupo que conversava só ouvi superficialidades e um linguajar desprovido de reflexão, cada um querendo contar que novo artigo havia pedido a Deus de presente. Ficou patente para mim que não há mais sentido explicar ali que há um céu que aguardamos ou que somos peregrinos na terra [5], pois a igreja promete o céu inteiro agora. Ainda caçoaram: “Ora, aqui ninguém fala, Maranata Vem Jesus!” [6].

Indaguei sobre a Escola Bíblica Dominical, mas poucos sabiam do que se tratava. E quem sabia, disfarçava um sorriso, dizendo que já não era mais necessária, pois tudo o que precisavam saber, o Espírito Santo revelava através da cobertura de seus “conselheiros espirituais”.

Todos estavam eufóricos pois foi eleito o nosso primeiro presidente evangélico. Ele costuma tomar o avião presidencial e do alto derrama óleo para ungir a nação e profetizar prosperidade. O Congresso também é dominado pelos evangelicals, pois ficou fácil conquistar votos nas igrejas desde que o catolicismo deixou de ser maioria. Nunca houve tanto nepotismo e corrupção, mas os deputados insistem que tudo não passa de perseguição satânica com o propósito de destruir a Igreja.

Reconheci entre os “Anjopóstolos” nomes de homens e mulheres que foram presos no passado, mas agora eram vistos como “mártires”, embora não tivessem morrido, e nem exatamente sofrido por causa da fé.

As pessoas passam umas pelas outras; não se olham nos olhos, não se abraçam, não há o ósculo tão característico da igreja cristã, são multidões, e percebe-se que não há intimidade, comunhão ou interesse pelo outro. Deus existe só para suprir seus caprichos infantis, a Graça foi enterrada e a “meritocracia” entrou em seu lugar [7]. Compreendi, então, porque Jesus disse que “por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos” [8].

Comecei a me indignar e revoltar [9] contra a cegueira do povo e contra o espírito do anticristo [10] ali dominante, quando de súbito acordei suando e gritando “o que fizeram com a Igreja?... o que fizeram com a Igreja?”.

Felizmente, tudo não passou de um pesadelo, sem base real. Como ainda era madrugada, liguei a TV para assistir a uma pregação evangélica, e me acalmar.


Autor: Daniel Rocha, é Pastor da Igreja Metodista, Psicólogo e Administrador, escreve para diversos sites.
Contatos:
dadaro@uol.com.br


Referências:[1] 1 Ts 2.9[2] 1Ts 2.11[3] Tt 2.6[4] Ap 13.16[5] Hb 11.13[6] 1Co 16.22[7] Jd 16[8] Mt 24.12[9] At 17.16[10] 1Jo 2.18

O pastor Profissional


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Sempre que um pastor for indagado sobre a sua profissão, qual deve ser a resposta? Incomoda-me quando afirmam que são pastores, ou seja, que a profissão que exercem é a de pastor. Quando tenho oportunidade de conversar com esses colegas mais próximos, sugiro que respondam: autônomo em vez de pastor. É claro que muitos discordam.

Mas o tipo de resposta a ser dada não é o problema que quero levantar nessa postagem. O ponto está mais além e é muito mais complexo. Inicialmente quero iniciar definindo o que significa ser um pastor e o que significa ser um profissional.

Por pastor entendo um ministério, um serviço dedicado ao Reino, ou seja, alguém que exerce o dom do Espírito Santo no cuidado de um rebanho de acordo com as normas contidas nas Escrituras. É um trabalho que não visa a promoção pessoal e nem o lucro, embora dele retire o seu sustento. Trata-se de um ministro do Evangelho. Por profissional entendo alguém que luta por uma carreira bem sucedida que se estabelece pelo reconhecimento vindo de outras pessoas. Também é a busca do progresso técnico que exige resultados mensuráveis cujo corolário é a recompensa que surge por meio de altos salários e de uma boa aposentadoria.

Não há nenhum problema em ser um bom profissional na empresa ou na instituição pública. A questão é quando o ministério pastoral se profissionaliza. Isso, sim, traz prejuízos à Igreja e ao propósito de Deus quanto ao amparo e, até mesmo, a proteção do povo. Como já disse, o trabalho pastoral deve ser visto como um ministério. Trata-se de um servo que preside, de um pai que cuida, de um mestre que doutrina ou de um enfermeiro que trata. Resumindo, o pastor é aquele que dá a vida pelo rebanho e o vivifica pelo poder de Deus.

Já o pastor profissional é aquele que não se dedica mais ao propósito principal no qual fora vocacionado. Ele passa a não mais se importar com a simplicidade do ministério. Sente necessidade de se perceber confortável e seguro de si e por si mesmo, não importando os prejuízos que isso possa causar à igreja. Busca um futuro previsível e um presente que satisfaça os desejos egoístas. A visão que possui passa a ser regida pelo humanismo e sente a necessidade de ser notado por aqueles que deslumbram o seu aparente sucesso. Ou seja, são pastores que pastoreiam a si mesmo, todo o seu esforço é direcionado aos interesses pessoais.

Não tenho dúvidas que tudo isso causa dor e frustração no meio do rebanho que definha moribundo e desorientado, principalmente quando percebe que o alvo de seu líder espiritual não é mais as ovelhas, mas, sim, o próprio estômago enquanto fingem pastorear.

Nessa altura surge uma pergunta: como podemos detectar alguém que deixou de ser um ministro do Evangelho e passou a ser um executivo eclesiástico? Como resposta, quero propor quatro características que são facilmente percebidas nesse tipo de gente:

O pastor profissional é raso no ensino bíblico. Este é um ponto extremamente nocivo à igreja com conseqüências desastrosas. O pastor profissional não possui a menor preocupação em se debruçar sobre livros, comentários ou literatura que possam auxiliar no preparo dos sermões. Não há estudo sério da Palavra, não há compromisso com a Verdade. Tais indivíduos acreditam que podem ir ao púlpito toda a semana e falar o que lhe vem na mente naquele momento, sem se preocuparem com o fortalecimento do rebanho contra o pecado. A tônica é sempre humanista e tolerante sem que haja a denúncia contra o erro ou contra o mundanismo. Isso porque o pastor profissional teme ser confrontado e, por essa razão, sempre quer estar de bem com todos, principalmente com os crentes influentes do meio.

O pastor profissional não se envolve pessoalmente com as ovelhas. Todos sabem que o pastoreio não se restringe aos principais cultos de domingo. Nenhum ministro de Deus se furta do envolvimento pessoal com o povo por meio do discipulado ou do aconselhamento. No entanto, o pastor profissional não leva em conta este importante cuidado individual. Não cultiva o hábito do pastoreio direto, do acompanhamento pessoal (por intermédio das visitas nas casas ou no trabalho em horário de folga), dos aconselhamentos, dos contatos por carta ou pela Internet (embora o relacionamento presencial seja insubstituível). Para ele tudo isso é perda de tempo. Por vezes a ovelha está necessitando de uma palavra orientadora, mas só consegue ser ouvida quando procura o psicanalista ou o líder de outra denominação mais próxima de si cuja teologia é, muitas vezes, questionável. São casais que vivem sob forte crise, relacionamentos desgastados entre filhos e pais, desempregos que desesperam o coração, enfermidades que atemorizam. São pessoas que gritam em silêncio sem, contudo, obter eco do seu clamor. O pastor que possuem só pode vê-las aos domingos na porta da igreja ao final do culto e que se limita em dizer a mesma frase por anos a fio: "como vai? Que tenhas uma semana abençoada". Nada mais que isso. Essas pobres ovelhas nunca serão encorajadas a seguir em frente, nunca serão visitadas, nunca serão aconselhadas, nunca receberão uma mão amiga e confiável. Ou seja, nunca experimentarão o que é ser pastoreada, pois não possuem líderes amigos. Esses tais são apenas meros profissionais.

O pastor profissional só se preocupa consigo mesmo. Personalismo parece ser a palavra de ordem em alguns centros evangélicos. São pessoas que passam a vida lutando por um espaço na mídia. O resultado é o desperdício de milhões de reais utilizados para pagar campanhas inócuas ou programas televisivos vazios que nada dizem além de discursos de auto-ajuda. Mas esse desejo não se restringe aos grandes eventos ou aos grandes espaços continentais. Há também aqueles que desejam fama em seu pequeno universo. Pode ser um Presbitério, uma pequena região ou até mesmo uma igreja local. O alvo é a bajulação que surge por causa de uma pretensa espiritualidade ou de uma suposta inteligência respaldada por títulos e certificados alcançados. Não importa a causa, o importante é o estrelismo. É por isso que muitos pastores profissionais se preocupam com o crescimento numérico de seu rebanho em detrimento da qualidade, embora haja também os que se conformaram com o número reduzido do rebanho. Nesses casos, geralmente, a fama e o prestígio possuem outra fonte fora da igreja local. Outra preocupação desses pastores é a sua renda mensal, o seu ganho financeiro. Sempre defendem cinicamente seus bolsos sem, portanto, merecerem o que pleiteiam ganhar. Buscam apenas os seus direitos em detrimento dos legítimos direitos das ovelhas extorquidas. A meta é ter um emprego-igreja bem remunerado que lhe conceda estabilidade financeira.

O pastor profissional não é um homem de Deus. Isso significa a ausência de uma dependência total do Senhor na vida por meio do temor, da Palavra e da oração. São pessoas que confiam em si mesmas e não se importam em buscar de Deus a direção certa. Não sentem falta nenhuma de expressar a submissão ao Espírito, submissão esta que o próprio Jesus demonstrou quando esteve aqui entre nós. Não são homens de oração, não são homens da Palavra, não são homens piedosos. Nunca possuem uma vida devocional particular, nunca gemem por causa do pecado, nunca se importam com a vontade de Deus. Sempre agem friamente e com extrema impassibilidade diante de tudo que promove uma vida espiritual compromissada. Na maioria das vezes são irônicos ou cínicos no que dizem ou falam com respeito à piedade. Eles também agem despoticamente para que prevaleça a sua vontade, não obstante a capa de aparente mansidão. São vazios do poder de Deus, são como penhas que não podem alimentar ou fortalecer as ovelhas.

Quero encerrar dizendo que, para mim, ser pastor profissional nada tem a ver com tempo integral ou parcial no ministério. O ministro pode retirar o seu sustento de um trabalho que não esteja ligado à sua igreja. Todavia, tal trabalho não pode comprometer o tempo de qualidade pertencente ao rebanho quanto ao preparo do sermão e quanto ao envolvimento pessoal. Entre um e outro, o pastorado é prioridade. Se um dos dois deve ser descartado ou penalizado, que seja o trabalho secular.

Muitas igrejas padecem miséria espiritual porque estão debaixo de um pastor profissional que há muito deixou de ser um ministro de Deus. Vale ressaltar que essa mutação pecaminosa não acontece da noite para o dia, ela ocorre ao decorrer dos anos quando aquilo que causava genuíno espanto, preocupação ou interesse transforma-se em total irrelevância. O que era importante por pertencer ao Reino, passa a ser desprezado totalmente.

Que Deus nos livre dos pastores profissionais que sufocam as igrejas até o seu extermínio. Que haja entre nós ministros sinceros e cônscios de que escolheram um excelente, sublime e perene trabalho conforme nos diz o Apóstolo Paulo.

Autor: Alfredo de Souza
Fonte: [
Sepal ]
Via: [
Emeurgência ]

Covarde e Calados


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É impressionante o número de pessoas que defende os profetas da prosperidade. Basta você postar algo sobre eles e o batalhão ultra fundamentalista entra em ação. Escrevi sobe o Malafaia e seus milhões arrecadados com a venda da Bíblia de R$900,00, neguinho só faltou me matar.

As defesas são as mais sem contexto que eles poderiam arrumar. "Não toque no ungido hein", "Cuidado com a língua", "não podemos criticar o ministério alheio", teve até gente falando que esses caras ajudam a gente a exercitar nossa fé!

Por favor,
desculpem-me a maioria esmagadora dos leitores do blog que não precisaria ler isso, mas por conta da enxurrada de besteiras que tenho visto preciso me manifestar. Posso até estar correndo o risco de perder leitores com essa declaração, mas creio que João Batista, o apóstolo Paulo, Elias o profeta fariam o mesmo, sem medo de perder meia dúzia de seguidores. Prefiro fidelizar quem zela pelo evangelho puro, do que ficar agradando um bando de covardes que não tem o mínimo crivo bíblico para enxergar o mal irreparável que esses caras que se dizem pastores e missionários fizeram a igreja brasileira.
Portanto, pra você que defende a venda da Bíblia da unção financeira, pra você que adora a campanha da fogueira santa, pra você que acha normal um bando de pastores se reunir para bolar estratégias para limpar o bolso do povo, contando dinheiro em reuniões e rindo da cara do pobre, pra você que apoia até morrer gente criminosa que esconde dinheiro em Bíblias pra não ser flagrado pela federal e muitas outras peripécias vai aqui meu desabafo: "Bando de covardes é o que vocês são. Um grande bando de covardes."
Não me venham dizer frases como: "Seu coração está cheio de rancor" e etc, porque estou plenamente calmo e livre para escrever o que estou escrevendo, apenas percebi que vocês que são alcoviteiros desses aí, precisam acordar e enxergar que não dá mais pra investir em quem não prega o evangelho do Reino, a esses o póstolo Paulo escreveu o seguinte: "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema." e prossegue no verso seguinte dizendo: "Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema."
Se algum de vocês ainda tem dúvida de que esses caras estão pregando outro evangelho, me desculpem mas está faltando leitura bíblica pra esse. E façam um favor ao mundo, calem a boca! Vocês estão trocando a maravilhosa oportunidade de ficarem calados pela engenhosa arte de falar besteiras sem tamanho. Então, façam um favor a humanidade, fiquem quietos.

E no mais, tudo na mais santa paz!

Autor: Pr. Marcio de Souza

quarta-feira, 25 de julho de 2012

20 versículos que provam que a teologia da prosperidade está CERTA!

 


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Por André Sanchez

Todos sabem que existem vários versículos que provam veementemente que a teologia da prosperidade está correta. Fiz uma pequena coletânea entre os milhares versos que existem e trouxe a vocês os 20 mais importantes.


1- “Deus quer te abençoar, mas se você não ofertar, Ele não terá poder de fazer isso por você” (II Heresias 3. 16)

2 – “Você pode desonrar seu pai e sua mãe e até deixá-los passar necessidades, mas nunca seu apóstolo” (I Apostolicensses 1.1)

3 – “A oferta é a alavanca que move a mão de Deus a seu favor” (1 Cretinices 4. 3)

4 – “A fé sem ofertas é morta” ( 1 Dólar 1. 8)

5 – “E Jesus entrou em Jerusalém montando seu jumentinho de dez mil talentos” (Juao 15. 23)

6 – “Disse o apóstolo, cheio do espírito, a todos que o ouviam: Minha conta corrente é 1.000/07” (II Conta Corrente 1. 71)

7 – “Assim que a oferta entrar na conta corrente deus dirá ao anjo Money: Destranque as janelas do céu e prenda o devorador na casinha” ( II Malaquias 3.15)

8 – “É com a semente que sai da sua carteira que a obra de deus é realizada na terra” ( I Heresias 2. 8)

9 – “Participe das campanhas de vitória financeira e Deus tirará dos ricos e dará a você” (1 Robin Hood 2. 3)

10 – “E alguns paulistanos foram mais nobres que os de Boraceia, pois semearam nesse ministério em dólar.” ( 1 Tio Patinhas 1. 7)

11 – “deus quer te dar a melhor roupa, o melhor carro, a melhor casa… só não te deu ainda porque você não tem determinado isso a ele com fé” (Absurdicensses 1. 25)

12 – “Assim ordenou também o senhor que os que pregam o evangelho que fiquem ricos com o evangelho” ( I Falácia 1. 1)

13 – “Primiciar é mover a mão de Deus a seu favor e a favor dos donos da igreja” ( I Primicias 1. 1)

14 -“Confia no senhor, dê sua oferta, faça sacrifícios financeiros e os seus desígnios serão estabelecidos” (Absurdicensses 8. 32)

15 – “E Gesuis encontrou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas e também os cambistas assentados; parabenizou-os pelas boas vendas que faziam, porém, expulsou os que ali oravam e quebrantavam seus corações, mas não ofertavam e nem compravam nada, bem como todo pobre que ali estava, e disse-lhes: A casa me meu pai é casa de negócio e não um covil de doentes e pobres!” (Indireticensses 2. 8)

16 – “É mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha do que entrar alguém que não oferta, que não primicia, que não faz sacrifícios financeiros, nas igrejas da teologia da prosperidade” ( Sofismas 3. 12)

17 – “Porque o amor do dinheiro é a raiz de todas as bênçãos” ( 1 Mamon 1. 1)

18 – “Sacrifícios agradáveis a deus são os dízimos e as ofertas; coração que determina e exige, não os desprezarás, ó deus” (Salmos de Mamon 119. 3)

19 – “O maior mandamento é: Amarás a Mamon, teu deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. O segundo, semelhante a este, é: Honre e oferte aos seus líderes como a ti mesmo” ( 2 Leis de Mamon 2. 15)

20 – “Pelas suas ofertas o conhecereis. Pode, acaso, de um coração cheio de fé e do espírito, sair uma oferta pequena? (Apolion 15. 12)

E agora, sob o ponto de vista desse versículos, concorda que a teologia da prosperidade está certa?

Fonte: [ Esboçando ideias ]
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Adorando a Deus ou a nós mesmos?

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Por Josemar Bessa

Quem está sendo adorado em nossos cultos? Hoje é comum o pensamento de que o propósito do culto é entreter, animar... A idéia não é adorar a Deus maravilhados no temor santo de Sua graça infinita manifestada em nós por amor a Cristo. O culto deixa assim de ser a agitação de todas as afeições santas produzidas em nós pelo Espírito através da revelação plena de Sua Palavra.

Não! As pessoas se reúnem muitas vezes para consumir, sentar, desfrutar de uma experiências musical, achar um pouco de auto-ajuda e conselhos para interesses próprios não centrados e nem com o propósito de glorificar a Deus. A mensagem deve ser não ofensiva ao ego sensível, não deve gerar desconforto... As pessoas estão ali para consumir como o fazem em teatros, cinema...

Quais são as razões pelas quais a grande maioria das pessoas escolhem onde congregar? Sequer pensam em escolher por causa da pregação das Escrituras que o levem de fato conhecer a Deus mais e mais... escolhem por fatores externos estranhos ao evangelho. A avaliação tem os mesmos aspectos que teriam ao se avaliar um restaurante... O ambiente, as luzes, a música, o ar-condicionado... ou um clube, ou um shopping... que tipo de rapaziada tem lá, que tribo frequenta...

Essa mentalidade abraçada nada mais é que um culto a si mesmo. E hipocritamente uma igreja profana chama isso de um culto “sensível” – Sensível a quem? Quando o objetivo de uma igreja é auto-congratulação ela se tornou idólatra e presta serviço e culto a si mesma e não é mais dirigida pelo mandamento de adorar somente a Deus. O foco está em si mesmo o culto se torna sessões psicológicas cujo principal propósito é gerar bons sentimentos sobre nós mesmos – O que é isso senão idolatria? A violação do primeiro mandamento?

Esta realidade está devorando a “igreja” de nossa geração” – Perdendo o foco de que Cristo é tudo, começamos a perguntar tudo o que podemos encontrar fora dEle que faça a vida satisfatória.

A verdadeira adoração é prestada a um Deus Santo! O que nos leva sempre a reconhecer que somos merecedores do inferno e que segundo tão somente a graça, pelo sangue de Cristo podemos entrar na presença desse Deus santo. Do começo ao fim adoramos o Deus da graça. Portanto a verdadeira adoração é uma perda de toda confiança em si mesmo e vendo somente a obra de Cristo como a centralidade do que somos, vivemos, e que se expressa em nosso culto, ou nosso culto é uma farsa.

Quando acreditamos que devemos ser satisfeitos em vez de Deus ser glorificado em nossa adoração, colocamos Deus abaixo de nós mesmos, com se a adoração e o culto fosse algo para nós e não para Deus. 

Ciumes e Biblia



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Por Danilo Neves de Almeida

O ciúme é um sentimento comum e complexo, que se manifesta em diferentes circunstâncias e níveis entre as pessoas. Lidar com essa emoção ou administrá-la é algo muitas vezes urgente nos contextos sociais, especialmente familiares, uma vez que tal sentimento tem a tendência de destruir relacionamentos. O que se segue abaixo são algumas considerações teológicas e práticas sobre o assunto em questão.
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CONSIDERAÇÕES TEOLÓGICAS
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A palavra grega "zelos", que aparece nos textos bíblicos, muitas vezes é traduzida como "ciúmes". O sentido básico desse termo é de calor, fervor, borbulhar ou encher, que figurativamente pode ser entendido como indignação, rivalidade, oposição a alguém ou algo. Podemos então, definir o ciúme como um estado de alma "tempestuoso" que pode levar o cristão a atitudes legítimas que envolvem cuidado e proteção ou a todo tipo de comportamento anti-social, egoísta, desenvolvido ao lado de outras emoções como o medo, insegurança, tristeza, desânimo e ira.
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Portanto existem dois sentidos, um positivo (bom) e outro negativo (mau), nos quais a palavra "ciúme" pode ser utilizada. Quando "zelos" é aplicada ao santo Deus, o sentido é unicamente positivo, enquanto que há variação de intenção dos autores bíblicos quando relacionada ao homem. No caso de Gl 5.20, por exemplo, o sentido de "zelos" intencionado pelo apóstolo Paulo é ilegítimo de acordo com o contexto da passagem, onde é listada algumas obras da carne, da vontade humana corrompida pelo pecado.  Eis alguns outros textos que atestam esse ensino:
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Sentido bom: Rm 10.2; 2Co 7.7,11; 9.2; Fp 3.6; Is 9.7; Ez 16;37-38; 23.25; Sl 69.9; 119.139.
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Sentido mau: Jó 5.2; Pv 6.24; Ec 4.4; 9.6; Rm 13.13; 1Co 3.3; 2Co 12.20.
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O ciúme no seu mais intenso nível ou grau, passa a ser chamado de inveja ("fthonos"; ver Gl 5.21) como pode ser observado em algumas narrativas das Escrituras. Quase sempre o sentido pretendido para inveja é negativo, exceto quando raramente usada para se relacionar a Deus (ver Tg 4.5). O ciúme/inveja foi, por exemplo, o motivador do assassinato de Abel cometido por seu irmão Caim, da fuga de Jacó diante de Esaú, da venda de José como um escravo pelos seus irmãos e da tentativa de homicídio do rei Saul contra Davi (ver especialmente Gn 37.11, At 7.9 e 1Sm 18.9). Tais histórias nos servem de exemplos para não subestimarmos esse "inimigo" que existe dentro de nós, o qual nos compete dominá-lo pela graça, em Cristo, o qual foi vítima da inveja de seus opositores (Mt 27.18 // Mc 15.10).
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Nesse sentido, precisamos particularmente nos lembrar que Corinto era uma igreja com muitos problemas relacionados ao ciúme/inveja. Suas divisões e rixas, certamente eram fruto desse sentimento, o qual Paulo solenemente identifica (1Co 3.3; 2Co 12.20), para que os coríntios reconhecessem parte do problema que estava atribulando os irmãos e prejudicando a comunhão e crescimento da igreja. Assim como esses cristãos do passado, cabe a nós hoje ouvirmos a tão maravilhosa exortação do apóstolo do Senhor em espírito de oração:
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"o amor não arde em ciúmes" (ARA)
"o amor não inveja" (NVI). 
1Co 13.4
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CONSIDERAÇÕES PRÁTICAS
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Abaixo estão enumeradas algumas perguntas que poderão ajudar na identificação e tratamento do ciúme em sua vida cristã. O uso de técnicas de psicoterapia podem ser úteis, desde que sejam usadas sob a orientação da Palavra de Deus (procure um especialista cristão nessa área). No entanto, muitas delas exaltam excessivamente o papel da auto-imagem nos cuidados com o indivíduo, negando ou invalidando a existência do pecado na natureza humana. Como cristãos precisamos entender que sem a santificação (Jo 17.17 // Cl 3.5a) e sem a graça de Deus, jamais seremos restaurados desse mal que habita em nós.
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1. Faça uma lista com as atitudes que o seu próximo tem e que despertam em você o ciúme (no sentido positivo, bom).
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2. Faça a mesma lista, agora com o ciúme no sentido negativo, mau.
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3. Qual sentido prevaleceu?
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4. Em quais situações ou circunstâncias você sente ciúme?
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5. Qual a frequência desse sentimento em você? Diário, ocasionalmente, raramente?
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6. O seu próximo tem contribuído para despertar o ciúme em você? Se sim, o que ele deveria fazer para te ajudar? Que mudanças comportamentais ele deveria fazer? Se não, em que você necessita mudar?
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7. Na sua família ou em amizades próximas, alguém tem te estimulado a ter ciúme? Você tem sido influenciado por eles (elas) nesse sentido?
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8. O ciúme tem te atrapalhado em quê? Quais áreas da sua vida tem sido especificamente afetadas?
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9. O ciúme tem te ajudado em quê? Quais áreas da sua vida tem sido especificamente melhoradas?
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10. Com que frequência você tem orado especificamente por isso em sua vida? Você também tem orado em favor do seu próximo nesse sentido?
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11. Qual (ais) versículo (s) bíblico (s) você escolheria para memorizar, guardar, para que ele (s) seja (m) útil (eis) contra o ciúme no momento da tentação?
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12. Você tem solicitado a ajuda de seus líderes (pastor, presbíteros ou outros irmãos) para lutar contra o ciúme? Se não, porquê?
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Obras consultadas:

- As obras da carne e o fruto do Espírito, William Barclay.
- Dicionário de ética Cristã, org. Carl Henry.
- Dicionário de grego e hebraico, Strong.
- Comentários bíblicos sobre Gálatas 5.19-21.
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Fonte: UMPCGYN